O Governo do Estado lançou nesta segunda-feira (21/09), Dia da Árvore, o pacto socioambiental para restauração da Mata Atlântica, envolvendo estudantes, prefeituras, Organizações Não Governamentais (ONGs), empresas e demais entidades da sociedade civil. Entre as ações realizadas em diversos pontos do Estado estão o plantio simultâneo de 105 mil mudas de espécies da Mata Atlântica em 51 cidades fluminenses e de outras 3.580 no Parque Estadual da Pedra Branca, na Zona Oeste da cidade. Este último tem por objetivo abater a emissão do carbono que a candidatura Rio 2016 gerou.
Batizado de “Dia C- Carbono Zero Rio 2016”, o pacto socioambiental para restauração da Mata Atlântica foi lançado no Jardim Botânico pela secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos. O evento contou com as presenças do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, do presidente do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Luiz Firmino Martins, e dos diretores do Comitê Rio 2016, Carlos Martins, de Operações; e Alexandre Techima, de Infra-estrutura, do presidente do Instituto Terra, Maurício Ruiz, e do vocalista do grupo Detonautas, Tico Santa Cruz, entre outras autoridades.
Para o ministro Carlos Minc, os Jogos Olímpicos de 2016 serão 100% verde. “Isso porque estamos compensando todas as emissões do efeito estufa. Só hoje, Dia da Árvore, estamos efetuando o plantio de 105 mil mudas de espécies da Mata Atlântica, o que considero uma vitória. Dentro de um ano, em 21 de setembro, nossa meta é efetuar o plantio de um milhão de árvores, em um único dia, em parceria com prefeituras, entidades da sociedade civil e empresas”, afirmou o ministro.
A secretária Marilene Ramos também assegurou que as Olimpíadas de 2016 serão as mais verdes da história. “Vamos abater todo o carbono que a candidatura do Rio gerou e o que será emitido, caso o Rio seja escolhida como a cidade sede deste importante evento esportivo. Nós também estamos comemorando o primeiro ano do projeto Contador de Árvores que contabiliza até hoje, o plantio de mais de três milhões de árvores em todo o Estado do Rio”, explicou Marilene Ramos.
Já o diretor de Operações do Comitê Rio 2016, Carlos Martins, disse que todas as cidades candidatas a sediar as Olimpíadas de 2016 apresentaram programa de abatimento das emissões de gases do efeito estufa, mas que o programa apresentado pelo Rio de Janeiro é o mais ambicioso. “A meta de zerar a emissão de carbono é a mais ambiciosa e isso representou um ponto positivo em nosso favor”, acrescentou.
Ainda do Jardim Botânico, lincados com os municípios do Estado, os organizadores puderamo acompanhar o plantio de árvores nas cidades. Simultaneamente, a Secretaria do Ambiente iniciou o plantio, no Parque da Pedra Branca, de 3.580 mudas de espécies da Mata Atlântica, doadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Elas foram produzidas em viveiros do próprio Inea, em Guaratiba, e no município de Santa Maria Madalena, na Região Serrana do Rio.
No Encontro das Águas – Espaço do Ambiente da Secretaria Estadual do Ambiente, na Lagoa Rodrigo de Freitas – foram promovidas atividades de educação ambiental, oficinas e apresentação de um grupo de teatro, para os alunos da rede pública.
“Dia C”
Pelo menos 51 cidades fluminenses contribuíram com a restauração da biodiversidade da Mata Atlântica, totalizando 105 mil mudas plantadas em um único dia. Batizado de Dia do Clima ou simplesmente “Dia C”, o objetivo principal foi o de unir todo o Estado numa luta conjunta a favor da biodiversidade, das águas e contra as mudanças climáticas e o aquecimento global.
“Carbono Zero – Rio 2016”
A neutralização dos gases emitidos pela candidatura do Rio 2016 também será feita em várias instalações esportivas dos Jogos, incluindo X-Park, um parque de esportes radicais, na região de Deodoro, que irá unir a prática esportiva, desenvolvimento urbano e a preservação do meio ambiente em uma das áreas mais carentes do Rio. O projeto de Jogos Olímpicos Rio 2016 prevê o abatimento de todas as emissões durante a operação do evento.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual do Ambiente, lançou, no ano passado, o projeto-piloto do Parque do Carbono no Parque Estadual da Pedra Branca, a maior floresta urbana do mundo. Situado entre Vila Valqueire, em Jacarepaguá, e em Campo Grande , com 12, 5 mil hectares de área, o parque foi escolhido por ser a unidade mais devastada do Estado.
“Através do projeto Parque do Carbono, pretendemos efetuar o plantio de 6 milhões de mudas nos parques estaduais até 2010, em parceria com a iniciativa privada. Só na Pedra Branca, o reflorestamento será feito com 3,5 milhões de árvores – explicou a secretária Marilene Ramos. Pelo Projeto Parque do Carbono, a Unidade de Conservação da Pedra Branca foi dividida em 153 módulos de até nove hectares, que serão oferecidos a empresas e instituições.
Durante o evento, o ministro Carlos Minc, a secretária Marilene Ramos e o presidente do Inea, Luiz Firmino, aderiram à Campanha “Tictactictac”, cujo representante foi o vocalista do grupo Detonautas, Tico Santa Cruz. A campanha tem por finalidade recolher assinaturas em favor da aprovação de novo tratado sobre mudanças climáticas. A cúpula de governos mundiais se reunirá em Copenhague, na Dinamarca, entre os dias 7 e 19 de Dezembro para definir e aprovar o tratado.
Fonte: Secretaria Estadual do Ambiente
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