domingo, 21 de dezembro de 2008

Confira as áreas que tendem a gerar empregos, apesar da crise

Apesar da previsão de crescimento econômico menor do Brasil em 2009, a recessão não deve afetar todos os setores e, alguns deles, prevêem os especialistas, continuarão em evidência, mesmo com a economia abalada. Outros passarão a ter destaque no mercado, justamente devido à crise. Os analistas acreditam que os setores petroquímico, de manutenção de veículos, turismo, telemarketing e o de cobranças vão estar em alta no próximo ano. Já entre os setores que devem ser afetados, estão os de agronegócios, segmentos que dependem de crédito, como os de venda de automóveis e de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, e o de mineração. Segundo o professor Adalberto Cardoso, do Iuperj, o momento é bom para o profissional se reciclar.
Fonte: Boa Chance (O Globo - 21/12/2008)

sábado, 20 de dezembro de 2008

Governo do Estado e Marinha se unem para socorrer as vítimas das enchentes nas regiões Norte e Noroeste

O governo do Estado do Rio de Janeiro deu início hoje a um Plano de Mobilização para socorrer às milhares de vítimas em municípios nas regiões Norte e Noroeste, castigadas pelas chuvas dos últimos três dias. Quatro secretários de governo - Luiz Fernando Pezão, vice-governador e secretário de Obras; Benedita da Silva, Ação Social; Marilene de Oliveira Ramos dos Santos, Ambiente; e Sérgio Côrtes, da Saúde e Defesa Civil, mais o comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Machado, foram até Itaperuna e Campos dos Goytacazes para verem de perto a situação. As avaliações foram passadas para o governador Sérgio Cabral, que entrou em contato com o Ministério da Defesa.

A partir deste contato, a Marinha decidiu ajudar nas ações de resgate e atendimento aos desalojados e desabrigados, que já somam mais de 32,5 mil vítimas. Segundo ficou acordado, a Marinha enviará três helicópteros, 10 caminhões unimogs (capazes de circular nas áreas alagadas) e mais 10 barcos.

A frota será usada para ajudar no resgate de pessoas e para entrega de alimentos e água aos atingidos. A expectativa é que os helicópteros, caminhões e barcos sejam enviados nos próximos dias.

Também hoje, a Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) enviou para a região atingida 20 toneladas de alimentos, roupas, produtos de limpeza e higiene pessoal, além de colchonetes.

No momento, o Estado conta com quatro helicópteros, oito barcos e 350 homens do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil trabalhando no socorro às vítimas nos municípios de Santo Antônio de Pádua, Cardoso Moreira, Natividade, Itaocara, Aperibé, Bom Jesus de Itabapoana, Italva, Porciúncula, Campos dos Goytacazes, Cambuci, Itaperuna e Laje do Muriaé.

Amanhã, o governador Sérgio Cabral e seus secretários vão estar reunidos em Campos dos Goytacazes com prefeitos das cidades da região. Técnicos da Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Sesdec também participarão do encontro. Na oportunidade, os técnicos irão passar para os prefeitos as ações de prevenção que devem ser tomadas para evitar o surgimento de casos de doenças como hepatite tipo A, diarréias e leptospirose, que normalmente ocorrem por conta das inundações.

O Diretor do Departamento de Minimização de Desastres da Secretaria Nacional de Defesa Civil, Marcos Antonio Moreira dos Santos, também vai participar da reunião e deve sobrevoar a região atingida, na companhia do governador Sérgio Cabral.
Fonte: Assessoria da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do RJ

Equipamentos da Serla são sabotados para tentar impedir explosão de dique

A secretária estadual do Ambiente do Rio, Marilene Ramos, sobrevoou neste sábado (20/12) vários municípios do Norte Fluminense, inclusive Campos, Lages do Muriaé e Itaperuna, para tomar providências relacionadas a três assuntos: os estragos provocados pelas chuvas que castigam as cidades, a explosão de diques em Campos e os problemas do Rio Paraíba do Sul, causados pelo vazamento de oito mil litros do produto Endosulfan pela empresa Servatis. À tarde, a secretária se integrou à comitiva do governador Sérgio Cabral, que visitou Itaperuna.

Em uma das ações, Marilene constatou que os equipamentos da Serla, órgão da Secretaria do Ambiente, que seriam utilizados para a explosão do dique irregular do fazendeiro Bemerval Queiróz – por determinação Judicial - foram sabotados para tentar impedir a realização do trabalho. A explosão do dique permitirá a recuperação de uma área de 1.500 hectares da Lagoa Feia. O caso será analisado pelos técnicos da Serla e foi levado ao conhecimento do promotor Marcelo Eça, do Ministério Público de Campos.

A secretária do Ambiente reuniu-se também pela manhã com dirigentes da Agência Nacional de Águas (ANA) e pediu urgência na elaboração de um Plano de Controle de Inundações para o Rio Paraíba do Sul, que ainda sofre com a contaminação de cerca de oito mil litros de Endosulfan - produto tóxico que vazou da empresa Servatis em um dos seus afluentes, o Rio Pirapetinga, em Resende.

Marilene afirmou que o plano emergencial será necessário para casos de acidentes ambientais, a exemplo do vazamento do Endosulfan. Ela também quer estabelecer um período de defeso, e fazer a reposição das espécies que habitam o rio. As medidas se fazem necessárias, sobretudo porque o Paraíba do Sul é um rio federal e em caso de acidente ambiental em Minas Gerais ou em São Paulo ou mesmo no Estado do Rio, como o que aconteceu, o abastecimento de água para mais de 12 milhões de pessoas no Estado do Rio é diretamente afetado.
"Não podemos continuar operando nessas condições precárias atuais. Precisamos de um modelo de trânsito de poluentes ao longo de todo o Paraíba do Sul que permita prever com mais precisão o momento em que cada sistema de abastecimento é atingido pela onda de poluição", comentou a secretária.
Há 15 dias, Marilene Ramos esteve em Brasília, com o presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias Franco, e com o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado. Com eles, traçou as estratégias de ação de recuperação do Paraíba do Sul, as quais pede urgência. A Secretaria Estadual do Ambiente também recomenda que a populção não consuma o pescado.
"A pesca do Paraíba do Sul está comprometida. Por isso, temos que decretar período de defeso, o que será feito tão logo terminemos um relatório técnico solicitado pelo Ibama. As comunidades de pescadores terão de ser assistidas neste período", explicou a secretária.
Na segunda etapa, continuou Marilene, será feito um diagnóstico da ictiofauna do Rio Paraíba do Sul com o propósito de promover o repovoamento de peixes em todo o trecho prejudicado pela poluição. "O trabalho será feito com o suporte técnico do Ibama, através de um centro de reprodução de peixes de água doce que o órgão possui em Uberlândia, em Minas Gerais ", detalhou.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual do Ambiente

domingo, 7 de dezembro de 2008

WAL-MART INAUGURA HIPERMERCADO ECOEFICIENTE

Expectativa é reduzir no mínimo 25% o consumo de energia e 40% o de água

O Wal-Mart Brasil abriu, no dia 2 de dezembro, o seu hipermercado ecoeficiente. No bairro de Campinho, zona norte do Rio de Janeiro, a loja reúne o maior número de iniciativas sustentáveis que a empresa já implementou em todas as suas construções. “Esta loja é resultado de um trabalho que fazemos desde 2005, testando e introduzindo mudanças em nossas unidades que contribuem para o meio ambiente. Muitas já são permanentes e utilizadas em várias de nossas lojas, independente do formato. Em Campinho reunimos mais de 60 dessas iniciativas. É a primeira vez que uma loja desse porte contempla tantas mudanças relacionadas à sustentabilidade”, diz Héctor Núñez, presidente do Wal-Mart Brasil.

Com investimento total de R$52 milhões, parte dele para viabilizar as ações sustentáveis que o hipermercado apresenta, a expectativa é reduzir no mínimo 25% o consumo de energia e 40% o de água. Apesar do investimento ser um pouco maior do que uma loja convencional, as economias de médio e longo prazo são significativas.

O Wal-Mart Campinho combina o desempenho econômico, ambiental e social, reduzindo os impactos da operação, usando de forma racional matérias-primas, água, energia, reduzindo a geração de resíduos e aumentando os índices de reutilização e reciclagem de materiais, além de contribuir para aproximar ainda mais a empresa dos públicos com os quais se relaciona.

De iniciativas como letreiro com lâmpadas LED (mais econômicas e duráveis), paredes com blocos de isopor na fachada e uso de energia solar até uniformes feitos de garrafa PET recicladas, cartazes de material reciclado e tinta sem solvente, o Wal-Mart Campinho é uma prova de que a sustentabilidade pode ser replicada. Boas partes das ações estão presentes em várias lojas e outras, em todas. Mais do que isso, o que está implementado nesta unidade pode – e vai – ser utilizado nas construções daqui para frente. “Todas as lojas do Wal-Mart Brasil serão ecoeficientes, em diferentes níveis, de acordo com as possibilidades geográficas e físicas de cada unidade. As soluções implantadas variam de acordo com as características do terreno, localização da unidade e o tipo de loja, mas o desafio é introduzir o maior número possível de iniciativas e, assim, potencializar o benefício de cada mudança”, completa Héctor. “Algumas delas não são visíveis para o cliente, mas tem grande impacto ambiental”.

Todos os funcionários receberam treinamento para entender o impacto de cada iniciativa da loja e, consequentemente, divulgar a informação para os clientes. Qualquer pessoa do quadro do Wal-Mart Campinho está apta para mostrar ao público interessado as características de sustentabilidade da unidade. Os funcionários também foram treinados pelo Instituto Akatu sobre consumo consciente, assim como mais de 20.000 funcionários do Wal-Mart em todo o Brasil. Além disso, 100% da liderança da loja passou por um treinamento diferenciado sobre Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Social - A escolha do bairro também não foi por acaso. “O Wal-Mart tem o compromisso de desenvolver e melhorar a qualidade de vida das comunidades onde está inserido” afirma Núñez. Trazer para Campinho a loja ecoeficiente é ratificar essa diretriz. A loja gerou 350 empregos diretos, a maioria para pessoas que moram em seu entorno. Além disso, a população da região será beneficiada com ações de responsabilidade social da empresa. No Rio de Janeiro, o projeto Com. Domínio Digital, apoiado pelo Instituto Wal-Mart, já incluiu no mercado de trabalho 22% de seus participantes em diversas empresas da cidade.

Os resíduos coletados pela estação de reciclagem da loja, parte do projeto ‘Estações de Reciclagem Wal-Mart Coca-Cola’ implantado em 235 lojas do País é destinado para cooperativa de catadores que atuam localmente contribuindo para a geração de renda e inclusão social.
Loja – O Wal-Mart Campinho fica na rua Ernani Cardoso, 350, e está num terreno de 30 mil m², sendo 24 mil m² de área construída e 6.000m² de área de vendas. No estacionamento, 385 vagas, sendo 257 cobertas. A loja tem 28 caixas e funciona das 7h às 22h, de segunda a domingo.
Fonte: Assessoria Wal-Mart

Entidades ambientalistas se retiram da negociação sobre Código Florestal e pedem ao presidente seriedade por parte do governo

Enquanto o presidente Lula assume metas para redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa no Brasil - e Santa Catarina contabiliza centenas de mortos, milhares de desabrigados e bilhões em prejuízos, decorrentes da ocupação irregular e consentida de áreas que deveriam ser de preservação permanente - o Ministro Reynhold Stephanes, da Agricultura, em proposta já acordada com parte da bancada parlamentar ruralista no Congresso Nacional, se empenha em aprovar, ainda em dezembro, um pacote que ofende o interesse público, a legalidade e os agricultores que cumprem com a mesma. Vejamos:

1) Anistia geral e irrestrita para as ocupações irregulares em Área de Preservação Permanente existentes até 31 de julho de 2007 - incluindo topos de morros, margens de rios, restingas, manguezais, nascentes, montanhas, terrenos com declividade superior a 45º. Isso comprometeria não apenas os recursos hídricos, mas até mesmo os próprios ocupantes de áreas de risco, em função de enchentes e desmoronamentos como aqueles vistos em Santa Catarina.

2) Redução dos percentuais de reserva legal na Amazônia sem a realização do Zoneamento Ecológico-Econômico, instrumento previsto por lei para garantir a adequação das ocupações do solo rural, um dos poucos elementos de consenso entre ruralistas e ambientalistas até o momento. Enquanto o Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas propõe a necessidade de recuperação de mais de 100 milhões de hectares de pastos abandonados ou degradados, o Ministério da Agricultura cogita a consolidação de ocupações independentemente da confirmação da aptidão do solo.

3) Escambo de áreas desmatadas na Mata Atlântica ou no Cerrado por floresta na Amazônia, quebrando por completo a lógica prevista na Lei da equivalência ecológica na compensação de áreas e permitindo a consolidação de grandes extensões de terra sem vegetação nativa, o que se agrava com a consolidação de todas as ocupações ilegais em área de preservação permanente até 2007 e citada acima.

4) Possibilidade, para os Estados, de reduzir todos os parâmetros referentes às Áreas de Preservação Permanente, acabando com o piso mínimo de proteção estabelecido pelo Código Florestal, o que pode ensejar mais desmatamento em todos os biomas no Brasil e a competição pela máxima ocupação possível.
A proposta apresentada pelo Ministério da Agricultura e Frente Parlamentar da Agropecuária é uma verdadeira bomba-relógio para fomentar novas situações como aquelas de Santa Catarina, legalizando e incentivando a ocupação de áreas ambientalmente vulneráveis. Não é possível discutir e negociar com um Ministério que, em detrimento do interesse público, se preocupa apenas em buscar anistias para particulares inadimplentes. Para ter credibilidade, o processo de negociação sobre Código Florestal deve ser vinculado à obtenção do desmatamento zero, conforme assumido pelo presidente da República, e ao cumprimento da legalidade em todo o território nacional.
As organizações ambientalistas abaixo assinadas acompanharam as duas primeiras reuniões do grupo de trabalho formado pelos Ministérios da Agricultura, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário, e acreditaram na seriedade e no compromisso do grupo para com a produção agrícola sustentável no país e propuseram soluções viáveis de interesse geral. Agora, em respeito à sociedade nacional, às vitimas atuais e futuras do desflorestamento e aos produtores rurais que vêm cumprindo a lei, se retiram do referido grupo e denunciam mais uma iniciativa unilateral e desprovida de base técnica e jurídica. O fato que esta iniciativa seja oriunda do próprio poder executivo federal, contrariando o anúncio do chefe do Executivo, requer que o presidente crie condições para discutir, com legitimidade e equilíbrio, como aprimorar e implementar melhor o código florestal, para que possa mais efetivamente contribuir para o desmatamento zero.
Amigos da Terra - Amazônia Brasileira
Conservação Internacional
Greenpeace
IMAZON
Instituto Centro de Vida (ICV)
Instituto Socioambiental (ISA)
IPAMTNC Brasil
WWF - Brasil
Fonte: LEAD Comunicação

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Os recursos hídricos e a relação do povo brasileiro com a água

Será lançado nesta quarta-feira, dia 3 de dezembro, às 19 horas, o livro O Espírito das Águas, de autoria do coordenador do Laboratório de Hidrologia da COPPE, Paulo Canedo, e da jornalista Alba Lírio. O lançamento será no Arte SESC, na Rua Marquês de Abrantes, 99, no Flamengo. A obra aborda a atual situação dos recursos hídricos no Brasil e mostra os fatores culturais e sociais existentes na relação do povo brasileiro com as águas. Após uma breve descrição da importância das águas dos mares no mundo dos séculos XV e XVI, os autores analisam a relação do homem do século XXI com a água doce e a possibilidade do surgimento da indigência hídrica em algumas regiões do planeta.
Canedo e Alba concentram-se também no problema nacional e dão destaque ao maior rio inteiramente brasileiro, o Rio São Francisco, que contem em suas terras as diferentes histórias de abundância e escassez hídrica, de riqueza e de miséria. Somente a Transposição do São Francisco é assunto de dois capítulos do livro, nos quais os autores abordam a tentativa do homem em melhorar o equilíbrio na distribuição natural das águas pelas diversas regiões do país, através dessa polêmica obra de transposição para o semi-árido nordestino.
Para o professor da COPPE, Paulo Canedo, são duas as causas que justificam a sensação mundial de que a água começa a rarear. “Em primeiro lugar, o consumo de água pelo homem cresce continuamente, como uma decorrência do crescimento populacional, da demanda por alimentos e da demanda por bens de consumo industrializados. Além disso, o homem pouco se preocupou com a onda crescente de poluição que ele gerou ao longo de sua existência. Como conseqüência, a quantidade de água doce e limpa diminuiu e a quantidade de pessoas precisando dela cresceu. Daí a sensação de que a água vai desaparecendo”, esclarece Canedo.
A jornalista Alba Lírio, uma estudiosa do folclore e da mitologia brasileira, diz que a possibilidade de uma vida com forte escassez de água já foi abordada em filmes e reflete uma sensação típica do século XX, de que a água doce está desaparecendo da convivência humana. “Essa sensação é falsa e verdadeira, dependendo do ponto de vista com que analisemos. No livro exploramos um pouco essa relação que a civilização teve e terá com a água. Alguma visão da sua importância na economia de um povo e algumas considerações sobre as suas relações sócio-culturais com os povos”, conclui Alba.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Coppe (UFRJ)